sábado, 10 de julho de 2010

chegando
os meus olhos arrefecem
dançarino só no meio da pista para caminhões de carga

há duas semanas atrás três mulheres vestidas de saia vermelha idênticas me procuraram nas ruas da cidade torta para me perguntar qual era o segredo que eu teimava em não contar a ninguém

ontem elas voltaram bateram à minha porta e fizeram o sacrilégio de apenas me fitarem de forma rápida

todo dia às 3 horas da tarde elas dançam suas valsas e eu as observo como quem passa por ali sem rumo

à noite, elas cantam no meu ouvido, bem baixinho:
alors, peut-être je viendrai chez toi chauffer mon coeur à ton bois

e sinto mais calor

Um comentário:

  1. Viajei muito com este poema, algo escrito da alma , q transcede muitas coisas, tem um toque de sensibilidade indescritivel

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