segunda-feira, 8 de novembro de 2010

não se pode respirar dentro d'água #3



duas ou três brincadeirinhas bobas na beira da piscina
sem deixar o corpo tocar a água que teimava, teimosa,
em lembrá-los que seu contato com papel só servia para
desmanchá-lo todinho e que sua presença ininterrupta
ao lado de terrenos cimentados produz um musgo
de cheiro forte, desagradabilíssimo

corpo deita e rola debaixo do sol forte do verão alto
até que o calor seja forte o suficiente para jogá-los
de mala e cuia e amor ligeiro dentro da piscina azul,
imitando a cor que a água teima em fazer, teimosa,
quando se junta com outras águas.

[dos dois saiu mais um poema ondaleva ondatraz]

Nenhum comentário:

Postar um comentário