sábado, 27 de junho de 2009
Simone Weil - do amor
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Ética
Mas a Clara não me deixava trabalhar em paz. Minha concentração era perdida a cada segundo que eu colocava os olhos sobre aquele retrato ao lado do porta-lápis e nenhuma força vigente no universo me faria esticar as mãos para abaixá-lo ou guardá-lo na gaveta de "material pessoal". Ela nunca mais ia voltar, esta era a única certeza que possuía, não havendo nem filho, nem carreira, nem família, nem doença que a fizesse pensar duas vezes e reparar o erro que havia cometido.
O relógio marcava dez horas e vinte e três minutos. Num rompante de um impulso qualquer, guardei todos os papéis na gaveta de "procedimentos arquivados", peguei meu casaco que tinha deixado na cadeira do Lobo (não me lembro agora porque fiz isto) e saí da sala. Tranquei a porta, dando duas voltas na chave, e desci as escadas que me levavam ao hall do edifício número 14, prédio que trabalho há sete anos.
Je veux tout savoir
In on it
temporada de "In on it" prorrogada até julho.
Fernando Eiras e Emílio de Mello, literalmente in, num texto de Daniel MacIvor (nunca tinha ouvido falar).
dispensa comentários, é daquelas que tem que ir e ponto...
Oi futuro
de sex a dom, 19:30
R$15,00 (venda de ingressos na terça para o fim de semana corrente)
pausa para o lanche da tarde
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Cat Power
segunda-feira, 22 de junho de 2009
The whitest boy alive
domingo, 21 de junho de 2009
Quartett
sábado, 20 de junho de 2009
Panorama do cinema francês 2009
O probleminha todo é o filme. Dividido em duas partes (com um corte, digamos, bem francês, ao fim do filme), o filme se presta a contar a história do dito cujo. Começando com cenas bem realistas da sua participação como soldado na Guerra da Argélia, o filme parece tentar nos dar pistas do processo de transformação do moço em bandido. O moço se sente mal ao ser forçado a matar uma mocinha que gritava desesperadamente em um cativeiro na Argélia (ô dó!), é trapaceado por Guido, chefão da máfia vivido por um dos atores do clã Depardieu e até sai putinho da casa dos pais acusando o pai de ter ficado ao lado dos alemães durante a Resistência. Enfin, o filme nos leva a achar que será interessante, com tanta base para uma análise moral do bandidão, quiçá psicológica. Mas o filme se atropela da metade para o final e nos atropela com tanto sangue, tiro e explosões bem hollywoodianas e perde muito em fluidez narrativa. A atuação do Vincent Cassel é impressionante, isto é fato, e a Cecile de France está bem também. Mas a irritação é tão grande com o rumo que o filme toma que saí decepcionado com o resultado final. Provavelmente a continuação será bem interessante, e não faltarei ao panorama do ano que vem para conferir.
Gostinho de café velho na porta do cinema...
Meu amor
“Isadora chupa o sangue dos pequenos arranhões, suc suc, um leite vermelhinho. Sobe uma vontade de comer, morder e chupar, sente-se muito gostosa, a única coisa que vale a pena ser comida na vida. São pensamentos e sentimentos engraçados, ela ri, mas não pode deixar de acreditar neles. Por exemplo, um desejo de virar árvore e ser capaz de guardar o calor, ou, se isso não for possível, ficar ali encostada na árvore, criando raízes e chupando o seu suor.”
Trecho do conto “Uma história só”, do livro Meu amor, da escritora paulista Beatriz Bracher