Na primeira sala, 4 projetores nos mostram situações diferentes, corriqueiras, mas em flash. Só captamos pequenos instantes daquelas ações, que em um momento estão em slow motion, em outro estão aceleradas. A crença no poder da nossa percepção desmorona-se e também a crença no poder das imagens. Elas não dizem nada. O engraçado também é que eu fiquei tentando estabelecer alguma conexão entre as imagens, tecer algum fio narrativo, por mais tênue que fosse, mas me dei conta de que não seria mesmo possível.
Na segunda sala há o tão famoso vídeo Wall Piece, no qual um ator é jogado ao chão em intervalos regulares e a cada vez que ele toca o solo uma luz estroboscópica muito intensa é acesa e ele diz uma palavra, que depois percebemos se tratar de um texto inteiro. Quem aguentou ficar lá para entender o texto todo?
Mais acima vemos a dança de duas mãos sobre dois tabuleiros estampados com flores, que giravam um em sentido horário e outro em sentido antihorário. Enquanto isto, as mãos "pronunciam" um texto com voz sintetizada. Uma poesia? Uma coreografia?
Em outra sala vemos uma fileira enorme do que me pareceram mexicanos, estáticos, nos olhando fixamente. Ai meu Deus! Saí correndo dali.
Na última sala vemos partes do corpo de Gary Hill tocando uma tela preta (?) e de acordo com o texto fora da sala, sons que eram emitidos peo corpo de Gary, de frequência altíssima foram capturados por microfones especiais e criavam a ambientação da sala. Viagem ao infinito? O corpo de Gary empurrava aquelas placas coisa nenhuma em direção ao nada?Desci correndo todas as escadas, com uma sensação de me tirem daqui.
Fantástica, recomendo:
Gary Hill O lugar sem o tempo
Até 6 de setembro
Oi Futuro, Rua 2 de dezembro, Largo do Machado
Nenhum comentário:
Postar um comentário